Homem é morto por leoa durante safári na Namíbia

Um homem de 59 anos foi morto por uma leoa durante um safári na Namíbia.

O empresário Bernd Kebbel estava acampado com a esposa, Conny, 57, em uma tenda armada em cima de seu jipe. Na madrugada de sexta-feira (31), ele desceu da tenda para ir ao banheiro e foi atacado por uma leoa que estava à espreita.

Segundo o Daily Mail, outros ocupantes do acampamento conseguiram afugentar o animal, mas foi tarde demais para salvar Kebbel dos ferimentos. A polícia informou que ele teve a garganta dilacerada e morreu instantaneamente no ataque.

A leoa é conhecida no local como Charlie. Segundo a polícia, o animal será provavelmente caçado pelas comunidades locais. O Ministério do Turismo afirmou que enviou uma equipe para investigar o incidente, mas é cedo para decidir o destino da leoa.

ANIMAL ESTAVA FAMINTO

Ao Daily Mail, o expert em leões Izak Smit disse que há cerca de 60 leões na região de Kunane, onde o ataque aconteceu. Segundo ele, os leões do deserto se adaptaram ao ambiente hostil e se tornaram exímios caçadores noturnos.

"Eles são rápidos, furtivos e extremamente fortes. E muitos podem estar passando fome. Fome suficiente para correr o risco de atacar um humano", falou o expert.

O empresário vivia com a esposa na capital da Namíbia, Windhoek. Ele tinha uma loja de jipes e equipamentos de safári e fazia doações constantes para entidades de preservação dos leões.

Segundo a publicação, existem cerca de 38 mil leões em liberdade na África, a maioria em áreas de conservação. Na Namíbia, o Ministério do Meio Ambiente estima que restam apenas 800, sendo aproximadamente 110 no noroeste, incluindo a região de Kunane, onde o homem foi morto.

As leoas do deserto pesam 170 kg, podem correr a até 80 km/h e medem dois metros de comprimento, sem contar a cauda. Com pouca água disponível nas áreas desérticas, os leões obtêm líquidos dos corpos de presas como avestruzes, antílopes e focas.